Será que o gigante Google das buscas tem chances no mundo das redes sociais?
|Orkut, Buzz, Wave, e agora o Google+.
Depois dos fracassos históricos do Buzz e do Wave, o Google perdeu o terreno do Orkut para o Facebook. Para reverter essa história, lançou no último mês o Google+.
“Gigante pela própria natureza”, o Google nem sempre acerta quando o assunto é lançar uma rede social. Mas para essa nova empreitada, o pessoal do Mountain View mergulhou em uma aula de antropologia cultural e psicologia do relacionamento gerando uma plataforma sofisticada que poderá ser sucesso em outros países.
É provável que o brasileiro não se acostume com o conceito usado na construção de suas redes de relacionamentos virtuais, pois o costume nacional é a angariação do maior número de pessoas, mesmo que não haja interação. Faz parte da etiqueta brasileira a disputa pelo maior número de seguidores, fãs e amigos.
O Google+ propõe algo diferente. A própria justificativa no site da rede é intelectualizada e foge do padrão de outras redes sociais. É visível a ideia de criar um ambiente onde as relações humanas do mundo offline sejam reproduzidas com particular similaridade no mundo virtual. O Google precisa ter sucesso com uma plataforma que forneça – como o Facebook – um mapa com diversos padrões de comportamento e relações interpessoais para avançar o seu sistema de publicidade, tornando-o mais assertivo e segmentado.
Por mais sofisticado que seja o discurso de lançamento da rede, a empresa repetiu um comportamento já vistos nos lançamentos do Wave, do Buzz, do Latitude e de outras ferramentas.
O imediatismo move a internet. Hoje, a plataforma é restrita a convites, somente no próximo dia 31 de julho todos terão acesso. A questão que surge é: como uma empresa do tamanho do Google não consegue lançar uma plataforma para utilização imediata? No lançamento do Wave, a empresa optou por deixar a rede de forma restrita por um longo tempo. Atitude que não deu muito resultado. Quando todos puderam acessá-la, já não havia mais interesse, além de não conseguirem entender o seu funcionamento.
Fonte: www.revistawide.com.br