O que você “curte” no Facebook pode revelar mais do que imagina

 

 

Estudo destaca que "likes" podem ser usados para extrair informações sensíveis sobre quase qualquer pessoa que usa regularmente a rede social

 

Antes de "curtir" um post de um amigo ou empresa no Facebook, pense duas vezes. Um novo estudo mostra que o seu "like" pode ser muito mais revelador do que você jamais imaginou.

 

Pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, anunciaram um novo estudo que mostra que as "curtidas" de usuários no Facebook, sozinhas, podem indicar sua idade, raça, QI, sexualidade, personalidade, uso de substâncias e visões políticas.

 

O estudo também destaca que os "likes" podem ser usados para extrair informações sensíveis sobre quase qualquer pessoa que usa regularmente a rede social de Mark Zuckerberg – que é a maior das redes, com mais de 1 bilhão de usuários globais.

 

"Eu sou um grande fã e usuário ativo de novas tecnologias surpreendentes, incluindo o Facebook. Agradeço recomendações automatizadas de livros ou o fato de o FB selecionar as histórias mais relevantes para meu feed de notícias", disse o diretor de operações do centro psicotécnico da universidade e pesquisador no estudo, Michal Kosinski. "No entanto, posso imaginar situações em que os mesmos dados e tecnologia são utilizados para prever opiniões políticas ou de orientação sexual, o que representa ameaças à liberdade ou mesmo à vida."

 

Usando um algoritmo, os pesquisadores analisaram os dados de mais de 58 mil usuários americanos do Facebook, que ofereceram seus "likes", perfis demográficos e fizeram testes de personalidade. Eles foram capazes de prever com precisão a preferência sexual masculina em 88% dos casos, distinguir afro-americanos de americanos brancos em 95% e dizer a diferença entre democratas e republicanos em 85%. Também disseram que poderiam usar "likes" para prever o status da relação de um usuário em 65% das vezes, e se havia um problema de abuso de substâncias em 73% das vezes.

 

Tudo isso poderia ser uma ameaça à privacidade dos usuários, disseram os pesquisadores, observando que governos, empresas e indivíduos poderiam usar seu próprio software preditivo para analisar as informações dos "likes" dos usuários e obter mais informações pessoais sobre as pessoas do que elas tinham intenção de revelar.

 

Fonte: http://idgnow.uol.com.br

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