Intel quer marcar presença no mercado de smartphones ao lado da Google

 

 

Fabricante de chips anunciou parceria com gigante de buscas para a produção de aparelhos Android com processadores Atom.

A Intel espera impulsionar a venda de chips para fabricantes de celulares – mercado dominado atualmente pela rival ARM – por meio de uma parceria anunciada nesta semana com a Google para o desenvolvimento de futuras versões do sistema Android para aparelhos móveis com chips Intel.

 

As duas empresas se unirão para afinar o código do Android para que as futuras versões do sistema funcionem com smartphones e tablets baseados em chips Intel. A parceria foi anunciada durante o IDF, fórum de desenvolvedores da Intel, em São Francisco (EUA), onde a empresa mostrou unidades em funcionamento de um smartphone com Android 2.3 (Gingerbread) e um tablet com Android 3.0 (Honeycomb). Ambos os aparelhos rodavam um chip Intel Atom de codinome Medfield.

 

Os executivos da Intel afirmaram que um smartphone Android com o chip Medfield será lançado no primeiro semestre de 2012.

A companhia já teve outras experiências no mercado de smartphones nos últimos dois anos, mas até o momento não há nenhum aparelho com chips Intel no mercado. No ano passado, a empresa se uniu à Nokia para criar o sistema MeeGo (baseado em Linux) para smartphones, mas a Nokia abandonou o barco após adotar o sistema Windows Phone, da Microsoft, como sua principal aposta para o mercado de smartphones.

 

Falando sério

A parceria com a Google mostra que a Intel está falando sério sobre o mercado de smartphones e sobre lançar um celular no ano que vem, disse o vice-presidente do grupo de arquitetura da empresa, Dave Whalen.

 

“O que isso significa, especificamente para o mercado de smartphones, é que a presença da Intel no negócio é validada  tanto para o mercado quanto para o ecossistema”, afirmou Whalen.

 

Os chips Atom da Intel são considerados “famintos” por energia na comparação com os processadores da rival ARM, que estão presentes na maioria dos smartphones atuais. Mas Whalen afirmou que o Medfield é competitivo, e que os chips para celulares vão melhorar com o tempo, à medida que os engenheiros da Intel criem novos chips em geometrias menores, o que ajudaria a reduzir o consumo de energia e melhorar o desempenho.

“Todos estão interessados em alternativas”, afirmo o executivo. “Todas as fabricantes parceiras com quem estamos trabalhando e que olharam para o nosso planejamento sentiram-se confortáveis, pois eles (os chips Medfield) serão competitivos.”

A Intel está depositando esperanças na sua tecnologia de fabricação, que avança a cada dois anos, para alcançar a ARM em termos de eficiência no consumo de energia. O chip Medfield é feito usando um processo de fabricação de 32 nanômetros. Já os novos designs dos processadores Atom estão sob desenvolvimento para o processo de 22 nanômetros, com a fabricação tendo início até o final deste ano. A Intel vai usar o processo de 14 nanômetros para seus processadores Atom até 2014.

 

Fonte: idgnow.uol.com.br/computacao_pessoal

 

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