Buscas no Google e Youtube

Consumidor faz pesquisas complementares, e não separadas

Recentemente, a plataforma Think With Google – fonte do Google para insights sobre consumo, tendências de mercado e pesquisas em marketing digital – publicou um post intitulado Entenda como as pessoas alternam entre a busca do Google e os vídeos online nas suas jornadas de compras.

 

O conteúdo chama a atenção para o fato de que, ao contrário do que muitos profissionais do marketing acreditam, o consumidor atual faz buscas no Google e no YouTube de forma integrada e complementar, e não isoladamente.

 

Esta interpretação equivocada acaba induzindo esses profissionais ao erro, por entenderem que essas buscas requerem estratégias distintas.

 

O artigo propõe a seguinte linha de raciocínio:

 

As pessoas pesquisam no Google para entender os aspectos técnicos e logísticos de um produto, e a busca por vídeos no Youtube serve para um maior aprendizado sobre um produto (ver como está sendo usado por outras pessoas e quais avaliações está recebendo).

 

E o mais importante: as duas buscas não estão separadas.

 

Em resumo, os consumidores na atualidade não têm experiências isoladas, pois Google e YouTube são usados juntos no seu caminho até a compra.

 

Buscas no Google e YouTube: a jornada de compra não linear

A pesquisa The Role of Digital Video In People’s Lives (O papel do vídeo digital na vida das pessoas), de agosto de 2018, apontou que a jornada de compras das pessoas se dá de forma não linear, apresentando alternância entre buscas no Google e no Youtube.

 

 

80% dos entrevistados declarou alternar entre as duas plataformas de buscas durante o processo decisório, sendo que 55% delas disseram que procuram pelos produtos no Google e depois acessam o YouTube para mais informações antes de efetivarem as compras.

 

A seguir, veremos a utilização das plataformas de buscas em dois cenários: pesquisar no Google depois de assistir a um vídeo e fazer busca no YouTube depois de pesquisar no Google.

 

Pesquisar no Google os aspectos técnicos

Cenário: pesquisar no Google depois de assistir a um vídeo.

 

Segundo a pesquisa The Role of Digital Video In People’s Lives, as pesquisas sobre produtos no Google são motivadas pelo entendimento de aspectos técnicos e logísticos. Assim, os principais motivos que levam uma pessoa a pesquisar no Google após assistirem a um vídeo são:

 

Comparação entre preços e marcas.

Escolha de onde comprar o produto (sites ou lojas físicas).

Saber mais detalhes sobre o produto.

Assistir a vídeos para aprender mais

Cenário: Assistir a vídeos no YouTube depois de pesquisar no Google.

 

Ainda de acordo com a pesquisa, são três os principais motivos que levam os consumidores a assistirem a vídeos após a busca pelo produto no Google:

 

Visualizar o produto antes de comprá-lo ou ver de que forma outras pessoas estão usando-o.

Pegar informações complementares sobre o produto.

Analisar as avaliações dadas por pessoas que já compraram e usaram o produto.

Os resultados do estudo comprovam a complementaridade das buscas efetuadas no Google e no YouTube, uma vez que a soma delas perfaz os dois principais grupos de aspectos que são analisados durante um processo de compra: os de ordem prática (quanto custa, onde comprar, detalhes técnicos – > Google) e os de ordem subjetiva (como os outros estão usando, se estão gostando ou não – > YouTube).

 

Buscas no Google e YouTube e o conceito omnichannel

Tenha isso em mente: você precisa impactar as pessoas onde elas estiverem ao longo de suas jornadas de compra.

 

De acordo com a definição dada pela Rock Content, a estratégia omnichannel se baseia no uso simultâneo e interligado de diferentes canais de comunicação, aprimorando assim a experiência do cliente. Isso pode alinhar, inclusive, ações online e offline.

 

Em sua essência, o que o omnichannel prega é a garantia de uma experiência que supere as expectativas do comprador, independentemente do ponto de contato entre ele e a marca.

 

O poder de convencimento do vídeo online

Agora vamos para a prática. O post do Think With Google relatou que, de modo geral, marcas que anunciam com vídeos em paralelo aos anúncios do Google Search têm uma conversão 3% maior e um custo 4% menor por aquisição de busca, se comparadas a outras que anunciam apenas no Google Search.

 

O vídeo online há muito é visto como uma ferramenta voltada para o reconhecimento de uma marca. Mas depois de analisar as tendências de vídeo no YouTube e falar com milhares de pessoas em todo o mundo sobre por que, como e quando assistem a vídeos online, fica claro que os consumidores usam vídeos em todas as etapas da jornada de compras.

 

Segundo o estudo How People Shop with YouTube, de 2018, mais da metade dos compradores entrevistados disseram que o vídeo online os ajudou a decidir qual marca ou produto específico comprar.

 

E engana-se quem acha que o YouTube sobrevive basicamente das buscas por conteúdo viral. Muitas vezes as pessoas procuram vídeos para aprendizagem e o auto-aperfeiçoamento, como aprender novas habilidades ou perseguir suas paixões.

 

Seja para aprender uma nova habilidade ou para obter uma análise de produto, as pessoas querem ver experiências reais online – e isso inclui os erros. O conteúdo autêntico torna o aprendizado ou a compra menos intimidante e dá às pessoas a confiança de que precisam para entrarem em ação.

 

Citando mais uma vez a pesquisa The Role of Digital Video In People’s Lives, 3 a cada 4 espectadores entrevistados disseram que é importante que o YouTube retrate pessoas autênticas e “de verdade”.

 

O mesmo estudo apontou que, quando as pessoas sentem que já aprenderam o suficiente online, elas estão motivadas para tomar atitudes na vida real (7 em cada 10 pessoas entrevistadas disseram se sentir motivadas ou confiantes depois de aprender algo novo em um vídeo do YouTube).

 

 E é aqui que o “é possível” se transforma em “preciso comprar!”.

 

Além disso, mesmo que as pessoas não assistam a um vídeo com a intenção de compra, elas estão abertas para a descoberta. À medida que assistem a vídeos para aprender, elas são expostas a marcas e produtos que as ajudam a atingir suas metas. Inspiradas pelo potencial de algo novo, isso geralmente estimula mais pesquisas.

 

3 maneiras de garantir que sua estratégia de vídeo online estimule a ação

Não importa onde as pessoas estejam em suas jornadas, certifique-se de que sua marca esteja presente para encontrá-las com anúncios e conteúdos úteis e inspiradores em vídeo.

 

Ajude as pessoas a descobrir novos produtos, marcas e ideias, mesmo quando não pretendem comprar necessariamente naquele momento.

Posicione sua marca como um especialista à disposição e responda às perguntas mais comuns das pessoas.

Permita que as pessoas tomem ações – e preferencialmente comprem – com uma experiência de uso direta e imediata.

 

Entenda como funcionam as buscas no Google e YouTube

Agora que você entendeu que os consumidores fazem suas pesquisas concomitantemente no Google e no YouTube, é preciso afinar sua estratégia para ser encontrado nessas plataformas.

 

Embora os mecanismos de pesquisa de ambas plataformas usem algoritmos bastante complicados, a base das operações que fará com que você apareça nos resultados de busca é muito simples. Compreendendo como os mecanismos de pesquisa operam, você pode gerar um conteúdo mais adequado, facilitar o rastreamento por parte dos bots e permanecer no topo das SERPs (Search Engine Results Pages – página de resultados do motor de buscas) .

 

Estes robôs estão sempre procurando por novas páginas, atualizações ou mudanças para novas plataformas, com o intuito de fazer com que os clientes que procuram conteúdo obtenham o maior grau de satisfação.

 

Por isso, você deve concentrar seus esforços na pesquisa de palavras-chave e na otimização do conteúdo para os mecanismos de pesquisa para garantir que suas páginas possam ser facilmente encontradas.

 

Conclusão

A intenção deste artigo é trazer a atenção das marcas e profissionais de marketing para a complementaridade existente entre as buscas feitas no Google e no YouTube, enquanto integrantes de um mesmo processo de decisão.

 

Fonte: https://k2ponto.com.br