Facebook não é seguro, mas o adoramos mesmo assim
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Problemas de privacidade, links maliciosos, phishing… são muitos os perigos das redes sociais, mas não conseguimos sair delas, mostra pesquisa.
Depois que Daniel Peck, pesquisador da Barracuda Networks, fez uma pesquisa na qual o especialista passou muito tempo durante o ano passado observando as atividades nas redes sociais e analisando as táticas mais comuns utilizadas paraphishing scam ou para direcionar pessoas para links maliciosos. Mas afinal, o quão perigosos são Facebook e Twitter?
Como parte de sua pesquisa, o especialista pesquisou usuários em 21 países e recebeu milhares de respostas a respeito do uso e percepções de redes sociais. Com esses dados, Peck encontrou pessoas que estão cientes dos riscos desse tipo de site, contudo esse conhecimento não é o suficiente para mantê-los totalmente seguros. Surpreendentemente, 92% dos pesquisados afirmaram que se preocupam com a segurança das redes sociais, e 40% foram além e disseram que se sentem “inseguros” no Facebook. Mesmo assim, esmagadores 93% utilizam a rede social de Zuckerberg, apesar de toda essa preocupação. O Twitter é quase tão popular, com 75% dos usuários ativos entre aqueles que responderam a pesquisa.
"A maioria dos usuários sabe que existe um problema, porém isso não é o suficiente para fazer com que pare de utilizar os serviços” afirmou Peck. E enquanto a segurança e a privacidade podem ser as maiores preocupações, elas figuram praticamente ao lado do receio de que o site não seja amigável ao usuário. Entre os pesquisados, 87% e 91% disseram que “fácil de usar” e “ter amigos que usam” são respectivamente as duas maiores influências na hora de escolher determinada rede social.
Os usuários também estão preocupados a respeito da segurança, com 51% destacando estar “insatisfeitos” com os controles de privacidade do Facebook. O pesquisador notou ainda que existem reclamações sobre a privacidade do site toda vez que ele é redesenhado. “Parece ser uma tempestade em copo d’água nos primeiros dois primeiros dias e depois todo mundo esquece e continua usando”, pontuou.
Outra constatação foi que Facebook e trabalho não são compatíveis, com 73% dos empregadores admitindo que acreditam que os funcionários compartilham informações demais online. Outros 86% disseram que o comportamento dos colaboradores nas redes sociais coloca em perigo a segurança da companhia.
Mas essas preocupações não se equiparam ao tipo de acesso às redes sociais que as empresas dão aos funcionários durante o expediente. Peck descobriu que apenas 31% dos locais de trabalho bloqueiam o Facebook, enquanto 25% bloqueiam o Twitter e apenas 20% não permitem o acesso ao LinkedIn. “Eles concluem que esses endereços não são tão seguros quanto deveriam e que há problemas definitivos de privacidade que precisam ser corrigidos, mas estão tranquilos em relação a isso”. concluiu.
CSO/EUA