Drone segue pessoas, desvia de obstáculos
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O zunido de abelha é o mesmo, mas o Phantom 4 faz mais do que voar como um zangão de metal. A Nova tecnologia d esensores fez o novo drone da chinesa DJI aterrissar no campo das máquinas inteligentes. Sem depender de novos comandos de um humano, a aeronave não tripulada é capaz de seguir pessoas e desviar dos obstáculos pelo caminho. Tudo isso enquanto registra a cena com fotos e vídeos, que são transmitidos ao vivo para um controle.
Para quem nem bem viu as quatro hélices girarem e já começou a sonhar alto, é bom considerar o preço nas alturas. Lançado oficialmente no Brasil no fim de abril, o Phantom 4 custa R$ 9 mil.
Ainda assim, a evolução do Phantom 3 é um drone de entrada, considerado acessível para quem quer embarcar na área. Outros exemplares desse enxame poderão ser vistos na Drone Show, feira do setor que ocorre entre terça e quinta-feira, em São Paulo.
Comparados a zangões quando saíram das zonas de guerra e passaram a ser usados por civis, os drones ganham cada vez maior capacidade de processar informação.
'Olhos' e 'ouvidos'
No Phantom 4, o contato com o ambiente para captação de dados ocorre por meio de quatro câmeras e vários sensores ultra-sônicos. Eles são os "olhos" e "ouvidos" da máquina, pois não só ajudam a aeronave a entender onde está como também a identificar o posicionamento de objetos ao redor com maior noção de perspectiva. A orientação conta ainda com dois sistemas de satélite, o russo (Glonass) e o norte-americano (GPS).
Graças a essa combinação, o drone consegue perceber um obstáculo e traçar outro caminho. Esse recurso só funciona quando ele é colocado para seguir uma pessoa e, em modo autônomo, já não recebe ordens do piloto controlador.
O comando tem cara de videogame. O piloto diz ao drone que pessoa deve seguir indicando-a na tela do controle (conectado a um smartphone ou tablet). A partir daí, a aeronave faz de tudo para não perder seu alvo. Acelera, para ou desvia.
Pouco tempo no ar
Apesar de chegar a 72 km/h, o Phantom 4 continua a ter vida curta no ar. Devido à bateria, os voos duram em média 28 minutos. Como medida de segurança para não despencar na cabeça das pessoas quando a carga estiver fraca, o Drone, porém, calcula quanta energia vai precisar para voltar ao local de origem.
Outro meio de assegurar a segurança de seres humanos, além de não voar a mais de 120 metros de altura, são as zonas de restrição. O sistema desses drones indica aonde há aeroportos, embaixadas e áreas militares. Dentro delas, ele simplesmente não voa para evitar acidentes (físicos e diplomáticos). A DJI atualiza periodicamente o mapa dos locais proibidos.
Para voar pelos céus brasileiros, o drone tem de ser homologado pela Anatel, já que emite e recebe sinais de radiofrequência. Além disso, a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) trabalha em uma forma de registro dessas aeronaves. As regras que os operadores brasileiros devem seguir quando decolarem já existem. Foram anunciadas pela Força Aérea Brasileira (FAB) em dezembro de 2015 e liberam, por exemplo, o uso comercial das aeronaves. Os curiosos podem procurar os primeiros passos com a Associação Brasileira de Multirrotores (ABM)
Fonte: http://g1.globo.com/